O livro “A Imprensa Cabo-Verdiana: 1820 – 1975”, do historiador João Nobre de Oliveira, foi apresentado no Palácio da Presidência da República, em Cidade Praia (4 de Abril), e no Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV) em Lisboa (7 de Maio). Trata-se de reedição pela Ilhéu Editora, de Germano Almeida, “revista e ampliada pelo autor” antes de falecer.
A obra de investigação e análise abarca textos publicados a partir de 1820 e os periódicos publicados desde o 1º número do Boletim Oficial de Cabo Verde, em 1842, até julho de 1975. Trata-se de um trabalho indispensável para todos os investigadores que queiram estudar Cabo Verde, a partir da imprensa escrita, seja na perspetiva da história, da política, da literatura ou dos autores que escreveram para essas publicações. Obra profunda, exaustiva e exemplarmente organizada para facilitar a consulta.
O autor deixou a obra pronta para ser publicada, “dada a dificuldade encontrada para colocá-la na gráfica”. Com 937 páginas e publicado em Cabo Verde, com o patrocínio da Presidência da República, o livro foi considerado uma “obra extraordinária, do único historiador que trabalha sobre a história da imprensa cabo-verdiana”. Segundo Germano Almeida, prefaciador da segunda edição, trata-se de um documento “extremamente importante para Cabo Verde”, por retratar o resumo da imprensa cabo-verdiana e dar a conhecer a imensidade da história de Cabo Verde.
O autor de “A Imprensa Cabo-Verdiana: 1820 – 1975”, Prêmio Camões em 2018”, que trabalhou em Macau e escreveu o seu primeiro livro sobre a “Genologia das Famílias Cabo-verdianas”, era um estudioso da sociedade cabo-verdiana e um dos valores da história cabo-verdiana que merece uma homenagem mesmo que a título póstumo, concluiu Germano Almeida.
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